A Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc) é supostamente a principal candidata a comprar a participação controladora da Rússia na única refinaria de petróleo da Sérvia.
A gigante petrolífera apoiada pelo estado dos EAU está liderando a corrida para adquirir a participação na Indústria Petrolífera Sérvia (NIS), informou o Financial Times, citando quatro fontes não identificadas.
A potencial venda ocorre após os EUA imporem sanções às empresas petrolíferas russas Lukoil e Rosneft em outubro, numa tentativa de pressionar Moscou a encerrar a guerra na Ucrânia.
A empresa sérvia, que opera a refinaria de Pančevo, localizada a 26km de Belgrado, também está em negociações com outros potenciais licitantes, incluindo a empresa estatal de petróleo da Hungria, MOL, disse o relatório.
O valor da participação não foi divulgado.
A NIS é 56 por cento detida por duas subsidiárias da gigante energética russa Gazprom. O governo de Belgrado detém cerca de 30 por cento, enquanto pequenos acionistas detêm a participação restante.
No entanto, o relatório de 2024 da NIS avalia seus ativos em 4,7 mil milhões de dólares, dos quais quase 2,6 mil milhões correspondem à participação dos proprietários russos, disse o jornal.
A refinaria de Pančevo tem uma capacidade máxima anual de projeto de 4,8 milhões de toneladas, de acordo com o site da NIS.
Na semana passada, a Agência de Notícias do Iraque, administrada pelo estado, informou que o governo iraquiano estava mantendo conversas com empresas petrolíferas dos EUA sobre a venda da participação da Lukoil no campo petrolífero de West Qurna-2, após sanções impostas à empresa russa.
O conglomerado de Abu Dhabi, International Holding Company, já informou ao Tesouro dos EUA este mês que estava interessado em comprar os ativos estrangeiros da Lukoil.

Pesquisadores da Universidade de Utah, nos EUA, desenvolveram uma prótese de mão que utiliza inteligência artificial para realizar movimentos de forma autônoma, reduzindo significativamente o esforço cognitivo de pessoas com amputações. O avanço representa uma mudança importante na forma como próteses robóticas funcionam, aproximando-as da maneira natural como humanos seguram objetos. A tecnologia integra sensores de proximidade e pressão em uma mão biônica comercial fabricada pela TASKA Prosthetics, segundo informações da universidade. Os pesquisadores desenvolveram pontas de dedos personalizadas equipadas com sensores ópticos capazes de detectar até mesmo objetos extremamente leves, como uma bola de algodão. A partir dos dados coletados pelos sensores, uma rede neural artificial foi treinada para reconhecer diferentes posturas de preensão. O sistema permite que cada dedo trabalhe de forma independente, ajustando-se automaticamente à distância necessária para formar um agarre perfeito do objeto. Marshall Trout, pesquisador de pós-doutorado no Utah NeuroRobotics Lab e autor principal do estudo, explicou que "por mais realistas que as próteses estejam se tornando, controlá-las ainda não é fácil nem intuitivo". Segundo ele, quase metade dos usuários abandona suas próteses, frequentemente citando controles inadequados e sobrecarga cognitiva. Equilíbrio entre o controle humano e o controle da máquina Um dos desafios centrais do projeto foi encontrar o equilíbrio adequado entre o controle humano e o controle da máquina. Os pesquisadores criaram uma abordagem que compartilha o comando entre o usuário e o agente de inteligência artificial. "O que não queremos é o usuário lutando com a máquina pelo controle. Ao contrário, aqui a máquina melhorou a precisão do usuário e também tornou as tarefas mais fáceis", afirmou Trout. Ele complementou que a máquina ampliou o controle natural dos participantes, permitindo que completassem tarefas sem pensar nelas. Jacob A. George, professor de engenharia e líder do estudo, destacou que "ao adicionar alguma inteligência artificial, conseguimos transferir esse aspecto da preensão para a própria prótese". O resultado, segundo ele, é um controle mais intuitivo e destreza maior, o que permite que tarefas simples voltem a ser simples. Testes confirmam melhor desempenho e menor carga mental O estudo, publicado na revista Nature Communications, contou com a participação de quatro pessoas com amputações entre o cotovelo e o pulso. Os testes demonstraram maior segurança na pegada, maior precisão e menor esforço mental em comparação com o uso de próteses convencionais. Os participantes conseguiram realizar diversas tarefas cotidianas que exigem controle motor fino, como pegar objetos pequenos e levantar um copo, utilizando diferentes estilos de preensão. Todas essas atividades foram executadas sem treinamento extensivo ou prática prévia. Tarefas aparentemente simples, como beber de um copo plástico, representam grandes desafios para pessoas com amputações. Apertar com pouca força resulta em queda do objeto, enquanto apertar demais pode quebrá-lo. O sistema desenvolvido pelos pesquisadores transfere essa responsabilidade para a prótese. Próximos passos O trabalho faz parte do projeto mais amplo do Utah NeuroRobotics Lab, a de melhorar a qualidade de vida de pessoas com amputações. George informou que a equipe também está explorando interfaces neurais implantadas que permitam aos indivíduos controlar próteses com a mente e até recuperar o sentido do tato. Os próximos passos incluem combinar essas tecnologias para os sensores aprimorados poderem melhorar a função tátil e a prótese inteligente possa se integrar perfeitamente ao controle baseado em pensamento. Mais Lidas

