Órgão apura desde 2016 uma possível combinação em licitações de engenharia que pode ter distorcido concorrênciaÓrgão apura desde 2016 uma possível combinação em licitações de engenharia que pode ter distorcido concorrência

Cade abre investigação sobre possível cartel em obras rodoviárias

2025/12/11 06:42

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) abriu processo administrativo para investigar a atuação de 16 empresas e 15 executivos suspeitos de montar um cartel e pagar propina para obter contratos de obras e serviços de engenharia rodoviária. O volume potencialmente afetado é estimado em cerca de R$ 10 bilhões e abrange licitações realizadas entre 2016 e 2024 por órgãos federais, estaduais e municipais.

A apuração sobre a formação de cartel começou a partir de análises do Projeto Cérebro, que identificou padrões de comportamento atípicos em certames do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba). O caso chegou ao Cade por meio de uma representação do TCU (Tribunal de Contas da União).

Em 2024, o órgão realizou a Operação Novo Rumo, em parceria com a CGU (Controladoria-Geral da União) e a PRF (Polícia Rodoviária Federal), para aprofundar a coleta de informações.

Segundo o Conselho, uma das estratégias investigadas é o uso de sociedades em conta de participação. O modelo teria servido para subcontratar concorrentes e organizar combinações como propostas de cobertura e retirada estratégica de ofertas, práticas típicas de acordos de cartel que simulam competição, mas favorecem um vencedor previamente ajustado.

Com a abertura do processo, as empresas e pessoas físicas terão direito a apresentar defesa, indicar provas e sugerir até 3 testemunhas cada. Se houver condenação, as empresas podem ser penalizadas com multas de até 20% do faturamento bruto. Para indivíduos, os valores variam de R$ 50 mil a R$ 2 bilhões.


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