Prefeito de São Paulo voltou a defender o encerramento do contrato da empresa e disse que só o governo federal tem competência para intervir na concessão; TarcíPrefeito de São Paulo voltou a defender o encerramento do contrato da empresa e disse que só o governo federal tem competência para intervir na concessão; Tarcí

Nunes pedirá saída da Enel em reunião com Silveira na 3ª feira

2025/12/16 10:06

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vai a São Paulo na 3ª feira (16.dez.2025) para discutir a concessão da distribuição de energia no Estado com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e com o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). 

A reunião foi anunciada por Nunes nesta 2ª feira (15.dez.2025) durante participação no programa Roda Viva, da TV Cultura. O encontro será no Palácio dos Bandeirantes, às 14h30. 

O prefeito de São Paulo disse que pedirá a Silveira o encerramento do contrato da Enel, apesar de o ministro já ter defendido a renovação do vínculo com a empresa, que começou em 2018 e vai até 2028. 

“Não é algo que dá mais para suportar ou aturar. A população está sofrendo muito. O governo federal precisa tomar uma atitude, porque é o governo federal que tem essa competência legal. […] É o presidente da República que detém a prerrogativa de decretar a caducidade ou intervenção. O prefeito de qualquer cidade ou o governador de qualquer estado não tem competência legal”, disse Nunes ao comentar o apagão que atingiu 2,2 milhões de imóveis na cidade na 4ª feira (10.dez). 

Nunes fez críticas à empresa e voltou a defender uma intervenção na concessão: “Não é possível a gente aceitar que a gente fique numa situação dessas, as pessoas sofrendo. Essa empresa não tem jeito, não tem mais como. Tudo que está acontecendo, não tem mais condições de ela se manter aqui”. 

Cinco dias depois da passagem do ciclone extratropical com vendavais de mais de 80 km/h que atingiu São Paulo, 37,4 mil clientes da Enel continuavam sem energia elétrica na manhã desta 2ª feira (15.dez).

Em toda a área sob concessão da distribuidora, eram 37.439 estabelecimentos sem energia, em um total de 8.502.914 clientes, de acordo com balanço publicado às 7h34. 

O número de imóveis afetados voltou a crescer durante o dia e atingiu 96.349 por volta das 20h. Destes, 44.591 estão na capital paulista. A empresa é responsável pelo fornecimento de energia em 24 municípios paulistas.

No pico, o apagão de 4ª feira (10.dez) chegou a deixar 2,2 milhões de endereços sem energia. 

Na 6ª feira (12.dez), o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) aceitou um pedido do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e da Defensoria Pública estadual e deu até 12 horas para que a Enel restabelecesse o fornecimento de energia a todos os seus clientes, sob pena de multa de R$ 200 mil por hora. 

Em nota publicada no sábado (13.dez), a distribuidora afirmou que pretendia normalizar o serviço até o fim de domingo (14.dez).

O despacho da 31ª Vara Cível também estabeleceu prazos menores, de até 4 horas, para locais considerados essenciais, como hospitais, outros serviços de saúde, pessoas eletrodependentes, sistemas de abastecimento de água, escolas e unidades de segurança pública. 

Segundo a concessionária, o evento climático registrado da 4ª feira (10.dez) à 5ª feira (11.dez) foi o mais prolongado desde o início das medições do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em 2006.

Desde a manhã da 4ª feira (10.dez), a distribuidora declarou ter mobilizado quase 1.800 equipes em campo ao longo da 5ª feira (11.dez). Com o uso de sistemas de automação e a atuação das equipes, a empresa afirma ter restabelecido o serviço para cerca de 2,1 milhões de clientes.

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