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O mercado brasileiro ganhou um novo instrumento de acesso ao universo cripto. A Buena Vista Capital anunciou o lançamento do ETHY11, primeiro ETF listado na B3 que combina exposição ao Ethereum com distribuição mensal de proventos.
O fundo replica o índice DEX VettaFi NEOS Ethereum High Income e permite ao investidor acessar o desempenho econômico do Ethereum por meio de uma estrutura negociada em bolsa, com aplicação mínima de R$ 100 e liquidez diária.
A proposta do ETHY11 é utilizar a volatilidade do Ethereum para gerar renda recorrente. Para isso, o ETF adota uma estratégia de venda coberta de opções (covered call) sobre o ativo subjacente, capturando prêmios que são posteriormente distribuídos aos cotistas.
Esse modelo já é conhecido no mercado brasileiro por meio de outros ETFs com foco em renda, especialmente em ações e criptoativos, e busca reduzir a dependência exclusiva da valorização do preço do ativo.
Segundo Renato Nobile, gestor da Buena Vista Capital, o produto amplia o acesso estruturado ao mercado cripto. “O ETHY11 oferece exposição ao Ethereum com distribuição de proventos e negociação diária em bolsa, dentro de um ambiente regulado”, afirmou.
Para Fábio Murad, CEO da SpaceMoney e criador do método Super ETF, o lançamento ocorre em um momento relevante do ciclo do Ethereum. Segundo ele, o ativo ainda apresenta tendência de queda, o que exige cautela no curto prazo.
O executivo destaca que a estrutura do ETF pode ser útil para atravessar períodos de mercado mais fracos.
O ETHY11 possui taxa de administração total de 0,98% ao ano, não conta com come-cotas e segue a tributação padrão dos ETFs de renda variável. Os proventos sofrem retenção de 15% na fonte, enquanto eventuais ganhos de capital na venda das cotas também são tributados à alíquota de 15%, via DARF.
As cotas são negociadas diariamente na B3, com liquidez garantida por formador de mercado e acesso por bancos e corretoras.
Apesar da proposta de renda mensal, especialistas reforçam que o ETHY11 continua sendo um investimento de renda variável, sujeito a oscilações relevantes, especialmente por sua ligação direta com o mercado de criptoativos.
Na avaliação de Fábio Murad, o diferencial está no método e no timing.


