O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que terá um encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), para discutir as negociações de paz com a Rússia. O anúncio foi feito nesta 6ª feira (26.dez.2025), depois de uma nova rodada de conversas entre representantes ucranianos e norte-americanos em Kiev. Segundo o líder ucraniano, decisões importantes podem ser tomadas antes da virada do ano.
“Concordamos com uma reunião no mais alto nível –com o presidente Trump em um futuro próximo. Muita coisa pode ser decidida antes do Ano Novo”, declarou Zelensky em publicação na rede social X. Na mensagem, Zelensky faz menção ao secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov.
O presidente ucraniano indicou que temas sensíveis, incluindo possíveis compromissos territoriais, precisam ser tratados diretamente entre os chefes de Estado. Embora o encontro esteja confirmado, ainda não há data específica para sua realização.
Na 5ª feira (25.dez), Zelensky recebeu em Kiev o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e Jared Kushner, genro do presidente norte-americano, para avançar nas tratativas diplomáticas.
Durante as conversas, o presidente ucraniano informou que alguns documentos que integram o arcabouço para encerrar o conflito e garantir a reconstrução do país estão “quase prontos”, enquanto outros já se encontram “totalmente preparados”.
Na 4ª feira (24.dez), Zelensky divulgou um plano de paz contendo 20 pontos que, segundo ele, representa a principal estrutura para pôr fim à guerra. As negociações entre Ucrânia e EUA ainda não chegaram a um consenso sobre questões territoriais, ponto que a Rússia exige concessões de Kiev.
O controle da usina nuclear de Zaporizhzhia também permanece como tema pendente e deverá ser objeto de discussões futuras entre as partes envolvidas.
Depois do encontro com os representantes norte-americanos, Zelensky destacou que o plano de paz inclui garantias de segurança para a Ucrânia, com o objetivo de evitar futuras agressões russas, embora as questões territoriais continuem sem resolução definida.

