Injective adiciona EVM nativo ao protocolo blockchain principal

A mais recente atualização da Injective transforma a sua blockchain num ambiente de execução dupla, onde aplicações baseadas em Ethereum podem ser executadas diretamente on-chain junto com os seus Aplicativos descentralizados (DApps) nativos do Cosmos.

Em um comunicado datado de 11 de novembro, a blockchain de camada 1 Injective anunciou a implantação bem-sucedida de sua Ethereum Virtual Machine nativa, uma atualização de protocolo central que expande fundamentalmente suas capacidades de execução.

Esta mudança arquitetônica vai além da simples compatibilidade, incorporando um EVM diretamente em sua máquina de estado e permitindo que a cadeia processe contratos inteligentes nativos do Ethereum e aplicações WebAssembly baseadas em Cosmos em um único ambiente sincronizado. O lançamento é acompanhado por mais de 30 DApps e provedores de infraestrutura que entram em funcionamento na rede desde o primeiro dia, de acordo com o comunicado.

A atualização EVM da Injective enfrenta atritos da blockchain

A mudança arquitetônica da Injective foi projetada para enfrentar vários problemas persistentes nas finanças descentralizadas. A plataforma aborda a fragmentação da indústria permitindo que aplicações executadas em diferentes máquinas virtuais interajam perfeitamente em uma camada de liquidez compartilhada. Isso elimina a necessidade de operações complexas de ponte que frequentemente introduziram risco e atrito para usuários movendo ativos entre ecossistemas.

Para desenvolvedores, o ambiente oferece ferramentas familiares do Ethereum como Hardhat e Foundry, reduzindo significativamente a barreira de entrada para equipes já habilidosas em Solidity. Isso é combinado com o que a Injective chama de módulos financeiros "plug-and-play", que fornecem componentes pré-construídos para funções complexas como negociação de derivativos.

Ao mesmo tempo, o módulo de livro de ordens de limite central compartilhado da rede fornece às novas aplicações acesso imediato à liquidez profunda e resistente a MEV desde o início, visando resolver o notório problema de "partida a frio" que sufocou muitos projetos DeFi nascentes.

O Padrão de Token MultiVM universal da Injective (MTS) fortalece ainda mais o ecossistema, fornecendo uma representação consistente de token em todos os DApps. Os usuários não enfrentam mais confusão com versões duplicadas de tokens ou pontes manuais, e operações complexas são executadas atomicamente, preservando tanto a integridade dos fundos quanto dos dados.

Para os usuários finais, o resultado prático é o acesso a uma gama mais ampla de aplicações financeiras sem sair da cadeia Injective. O comunicado aponta para novas capacidades, incluindo mercados de empréstimos, ativos reais tokenizados e derivativos avançados, todos operando com a característica finalidade sub-segundo da rede e taxas de transação que equivalem a uma fração de centavo.