O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, criticou a União Europeia por prejudicar seus setores de tecnologia e cripto através de seu quadro regulatório. Os comentários de Armstrong surgiram em resposta às alegações de que a UE agora ganha mais com multas regulatórias do que com impostos sobre empresas de tecnologia públicas. Segundo o CEO, a abordagem de regulamentação excessiva da UE é prejudicial ao crescimento dos negócios na região.
Armstrong fez suas observações no X, onde compartilhou uma publicação de David Fant, fundador da plataforma web Godmode AI. Fant apontou que a UE impôs €3,8 mil milhões em multas a empresas de tecnologia americanas em 2024, superando os €3,2 mil milhões em impostos que as empresas de internet europeias pagaram. "Em algum momento, com regulamentação suficiente produzindo multas, isso beira o saque", escreveu Armstrong, enfatizando as consequências das multas excessivas.
As multas impostas aos gigantes tecnológicos dos EUA em 2024 incluíram penalidades sob a proteção de dados da UE, antitruste, Lei dos Mercados Digitais (DMA) e Lei dos Serviços Digitais (DSA). Empresas como Apple, Google, Meta, X e TikTok enfrentaram pesadas sanções financeiras, com €400 milhões relacionados à proteção de dados e €3,4 mil milhões ligados a antitruste e outras regulamentações.
Líderes empresariais dos EUA expressaram sua frustração com as ações regulatórias agressivas da UE. Muitos argumentam que a UE transformou seu quadro regulatório em um gerador de receita às custas da inovação. Os críticos acreditam que a aplicação rigorosa das leis pela UE prejudica as empresas americanas que operam dentro de suas fronteiras.
O exemplo mais recente desse conflito ocorreu quando a UE multou o X de Elon Musk em €120 milhões por violar as regras digitais da UE. Musk havia anteriormente descartado as ações regulatórias da UE com linguagem dura, mas depois respondeu à multa questionando os motivos da UE. "A UE deveria ser abolida e a soberania devolvida aos países individuais", disse Musk, ecoando um sentimento mais amplo compartilhado por muitos na comunidade empresarial dos EUA.
Alguns políticos americanos se juntaram a Musk na crítica às ações da UE. O Secretário de Estado Marco Rubio descreveu a multa como um "ataque a todas as plataformas tecnológicas americanas e ao povo americano por governos estrangeiros". Enquanto isso, o Embaixador dos EUA na UE, Andrew Puzder, alertou que as multas da UE eram uma forma de excesso regulatório que poderia sufocar a inovação no setor tecnológico dos EUA.
Apesar da crescente reação dos líderes empresariais dos EUA, os funcionários da UE defenderam suas medidas regulatórias. Bas Eickhout, co-presidente dos Verdes no Parlamento Europeu, disse que a Comissão deve aplicar as leis digitais "com punho de ferro" para manter sua liderança na regulamentação tecnológica global. Ele enfatizou que a UE era a única região ativamente enfrentando as grandes empresas de tecnologia americanas.
Os comentários de Eickhout refletem a postura mais ampla da UE sobre a regulamentação de empresas de tecnologia. Ele argumentou que as ações da Comissão Europeia são necessárias para garantir a concorrência justa e proteger os direitos dos utilizadores dentro do ecossistema digital. A UE insistiu que suas multas e regulamentos não visam desencorajar o crescimento, mas sim garantir que as empresas cumpram seus padrões rigorosos.
A multa sobre o X, que foi a primeira decisão formal de não conformidade sob a Lei dos Serviços Digitais, sinaliza o compromisso da UE em aplicar seu quadro regulatório. Esta lei, que entrou em vigor logo após Musk adquirir o Twitter em 2022, estabelece diretrizes claras sobre como as plataformas devem lidar com conteúdo e privacidade do utilizador.
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