Petróleo sobe mais de 2% após apreensão de petroleiro venezuelano

O petróleo encerrou esta 2ª feira (22.dez.2025) em alta pelo 4º pregão seguido, sustentado pelo aumento das incertezas no cenário geopolítico. O movimento foi influenciado sobretudo pelas novas apreensões de petroleiros venezuelanos pelos Estados Unidos e pela prorrogação das sanções econômicas da União Europeia contra a Rússia.

O contrato do WTI (West Texas Intermediate) para fevereiro, negociado na Nymex (Bolsa de Mercadorias de Nova York), subiu 2,63% e fechou a US$ 58,01 o barril. Já o Brent para março, referência internacional negociada na Ice (Intercontinental Exchange), avançou 2,55%, cotado a US$ 61,58 o barril.

Os preços ganharam força ao longo da tarde após o governo do presidente Donald Trump (republicano) apreender mais uma embarcação ligada à exportação de petróleo da Venezuela no sábado (20.dez). A medida elevou os temores sobre a oferta da commodity no mercado internacional e foi criticada pela China, que classificou a ação como arbitrária e contrária ao direito internacional.

O brent e o WTI são 2 dos principais tipos de petróleo usados como referência para a formação dos preços no mercado global. Entenda:

• Brent é o petróleo extraído do mar do Norte, entre o Reino Unido e a Noruega. É o padrão mais usado internacionalmente, especialmente na Europa, Ásia e África;
• WTI é um tipo de petróleo leve produzido principalmente nos Estados Unidos, sendo a referência mais comum para o mercado norte-americano.

RÚSSIA

Além do foco na América Latina, o mercado acompanhou novos desdobramentos da guerra no Leste Europeu. Apesar das conversas mediadas pelos EUA para tentar avançar em um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, o Conselho Europeu decidiu estender por mais 6 meses as sanções econômicas impostas a Moscou.

Autoridades russas informaram que forças ucranianas atingiram, durante a madrugada, um terminal de petróleo, um oleoduto, 2 jatos estacionados e 2 navios em território russo. A morte de um general de alta patente em um atentado a bomba em Moscou também aumentou a percepção de risco entre investidores.

De acordo com o EI (Energy Institute), o país euro-asiático foi o 2º maior produtor mundial de petróleo em 2024, com 10,2 milhões de bpd (barris por dia), participação de 13% na produção global daquele ano.